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Para abrir a galeria sobre fundo negro, é favor clicar na primeira pintura e depois na seta do lado direito para fazer avançar as imagens..
- Quebra-Costas/ Santa Clara – estampa litográfica de uma pintura – Acrílico s/ tela s/ platex, 65 x 45 cm, Costa Brites, 1983
- “O quatro”, acrílico s/ tela s/ platex, 65 x 85 cm, Costa Brites, 1985
- Visconde da Luz/Corpo de Deus, acrílico s/ tela s/ platex, 73 x 51 cm, Costa Brites, 1985
- Santa Clara I, acrílico s/ tela s/ platex, 57 x 85 cm, Costa Brites, 1982
- Praça Velha, anos 40, acrílico s/ tela s/ platex, 75 x 85 cm, Costa Brites, 1982
- Alta/Quebra Costas, acrílico s/ tela s/ platex, 75 x 85 cm, Costa Brites, 1984
Estas imagens correspondem à meia dúzia de estampas litográficas de formato A4 bem conhecidas em Coimbra de que aqui se fala.
Não são digitalizações directas e incluem alguma rectificação de tons e outros detalhes.
Iniciativas autárquicas e… desgostos artísticos!…
Julgo que é demasiado tarde para colocar os meus congéneres artistas de sobreaviso a respeito de iniciativas de autarcas que entram pela porta adentro pedindo licença para reproduzir gratuitamente trabalhos artísticos originais, com muito nobres intenções, para oferta graciosa, dando todas as garantias de qualidade artística etc.
A história das edições de estampas de trabalhos meus que foram empreendidas em meados dos anos 80 por um senhor muito simpático que era na altura presidente da CMC e que Deus tenha em bem, sinceramente o desejo, gastar-me-ia a ponta dos dedos de tanto martelar as teclas do computador, relatando desilusões e muitos outros disparates.
É tarde também para me arrepender porque as ilusões e os disparates referidos já deram praticamente a volta ao mundo com imagens de trabalhos meus feitas de modo abusivo, na minha ausência, artísticamente impróprio e desonestamente multiplicado “ad nauseam” de modo tão inacreditavelmente desprestigiante que não tive outro remédio senão tentar esquecer-me do facto.
Repito e sublinho que a minha participação nesta ideia foi nula e que não cobrei nem um centavo por algo que tinha como intenção divulgar graciosamente a imagem da cidade de Coimbra.
O pessoal da propaganda político-partidária a quem foi entregue a tarefa era do mais baixo estofo ético e, a expensas da encomenda camarária, locupletou-se com mais alguns milhares de colecções que traficou a seu bel-prazer na cidade de Coimbra e por todo o país, sem que a CMC ou outra entidade – a instâncias de minha iniciativa e sem qualquer apoio – tivessem movido um dedo para moderar essa situação.
As estampas de Coimbra, para “distribuição cultural e graciosa” foram muito bem vendidas durante meses, para espanto de muita gente (e minha, nem se fala…), numa frequentada tabacaria mesmo à frente da Câmara Municipal de Coimbra (que tinha pago a edição e praticamente nada a utilizou…)
Já distante o sorriso afável do autarca, nem já como ex-autarca nem como cidadão conseguiu obstar à escandaleira que, feita às custas da CMC, produziu opíparos resultados com lucro integral para os abusadores – e disso tenho informações sólidas.
Esqueçamos, pois. Num país onde não há um palmo de chão sagrado imune à impunidade de todos os traficantes e abusadores – posto que poderosos ou aliados com poderosos – quem iria preocupar-se com direitos de autor de um cidadão indefeso, artista cuja obra está assim – como a imagem da própria cidade – abandonada ao Deus-dará?!…
Os abusadores e oportunistas, ao abrigo da posição do autarca foram ao ponto de fotografar e reproduzir trabalhos meus que nem estavam acabados!…
Quase vinte anos depois…
Quase vinte anos depois, tendo já dado as estampas a volta ao mundo, mereceria eu talvez a paz de espírito. Mas faltava ainda uma desanimadora e deprimente estância da já longa via-sacra; Eis que aparece na internet um activo free-lance, cheio de génio “empreendedorista” (é o que está a dar!…) a “oferecer” quadros de Costa Brites a 100 euros cada um. Preço descaradamente alto para estampas miseráveis e irrisório para quadros autênticos!…
As lastimáveis fotografias (?) patentes no site de vendas pela internet omitem que se trata de exemplares das famigeradas estampas da cidade “património da humanidade”…
O que eu venho aqui fazer sem ser culpado, senão por ingenuidade, é pedir muita desculpa aos insignes coleccionadores que adquiriram os quadros em causa, pela absurda ocorrência, cujas identidades não coloco aqui por pudor muito agravado pelas circunstâncias.
Quem nunca foi ingénuo e confiado, tendo sido artista, que me atire a primeira pedra…
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Agora três estampas feitas com o meu auxílio, só para se ver a diferença:
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Leiria – Praça Rodrigues Lobo; Costa Brites; estampa SBC 1990
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estampa Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução – XV aniversário
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Estampa 1991: Comissão Central da Queima das fitas; Goethe-Institut
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